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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

E então virá o Fim?

Samuel Duarte Gomes
Entre as questões que povoam a tese principal de Fukuyama, A razão de grande repercussão o que nos entusiastas gerou grande frisson, foi o de tentar elaborar uma linha de abordagem da história, indo de Platão a Nietzsche e passando por Kant e Hegel, a fim de revigorar o raciocínio de que o capitalismo e a democracia burguesa constituem o coroamento da história da humanidade No ponto culminante de sua evolução com o triunfo da democracia liberal ocidental sobre todos os demais sistemas e ideologias concorrentes.
Este século viu, primeiramente, a destruição do fascismo e, em seguida, do socialismo, que fora o grande adversário do capitalismo e do liberalismo no pós-guerra, restando apenas, atualmente, em oposição à proposta capitalista liberal, resíduos de nacionalismos, sem possibilidade de significarem um projeto para a humanidade, e o fundamentalismo islâmico, confinado ao Oriente e a países periféricos. Assim, com a derrocada do socialismo, Fukuyama conclui que a democracia liberal ocidental firmou-se como a solução final do governo humano, significando, nesse sentido, o "fim da história" da humanidade, ou do continente Ocidental, pois essas metanarrativas tratam mais dessa realidade ocidental e não reconhece o oriente no compartilhar da sua contingência.
No seu livro o Fim da História e o último Homem, ele defendeu a tese de que nunca mais haverá transformações históricas profundas e que a humanidade atingiu o ponto máximo: o capitalismo e o liberalismo político econômico serão eternos, logo devem ser esquecidos os debates filosóficos e as manifestações artísticas de vanguarda. As idéias revolucionárias fazem parte do passado. Nosso presente e futuro é usufruir dos recursos cada vez mais revezantes e intrínsecos a essa realidade final. Isso legitimista a globalização como uma ordem natural sustentada e amadurecida por esse estado atual situacionado.
Principais enunciados na tese de Fukuyama :
- O capitalismo e a democracia burguesa constituem o coroamento da história da humanidade.
- Com a queda do Bloco socialista representados pelos URSS e o muro de Berlim, a história conheceu o seu fim.
- A evolução ideológica da humanidade foi finalizada, acabaram se os conflitos, assim como as metanarrativas.
- A democracia no sec.XXI deixa de ser um sistema político e se universaliza, se difundindo no mundo.
- A social democracia associada ao capitalismo nos lega um novo mundo. A democracia liberal constitui a melhor solução possível para o Problema Humano.
Embora seu argumento em esclarecimentos ao que chama de fim da história seja vistos como tendenciosos e americanizados, ele num esforço de Hércules apregoa não haver nenhuma relação entre sua teoria e uma proposta de modelo americano sócio político como ideal de perfeição.
A pós-modernidade e o debate sobre a história
Entre outras teses que defendem esse tema temos em Lyotard o fim da história entendido como o encerramento de determinada concepção de história, ou filosofia da história moderna, que defende a racionalidade universal do devir histórico, organizando os ventos a partir do futuro, conforme os pressupostos iluministas é o fim da história correlacionada à esperança e ao mundo ideal inspirado pelas ideologias.
Uma pergunta fica inquietante e suspensa! Como as ideologias tiveram fim, se os norte-americanos e europeus sentem-se mais do que nunca engajados na sua secular missão civilizadora, de democratizar o resto do planeta: Rússia, China, mundo árabe-islâmico e África. Ocupando todos os espaços possíveis na política e utilizando sempre que possível e mesmo na inconveniência e insensatez a ocupação militar e a guerra. Em outras palavras, a democracia que é levada não é facilmente imposta do exterior e os países ocidentais. Colonizadores de ontem e poder dominante de hoje? .
Nas idéias de Jean-François Lyotard a idéia de fim da história é tratada com uma severidade menos otimista, enquanto para Fukuyama o mundo não será significantemente alterado, pois atinge uma espécie de otimização onde nada poderá substituir o que ai está, com o fim das ideologias, as metanarrativas se tornam desgastadas desorganizando o eixo central por onde se equilibra a experiência humana. Encerrando-se a concepção de história, costumeiramente organizado com uma finalidade que engloba os interesses de um tempo, da política á religião, da economia á costumes e cultura, é como se narrativamente a história perdesse sua continuidade, ou se tornada multifacetada perdendo a capacidade de transmitir de forma monolítica, A descoberta de micro-histórias, do outro nas suas peculiaridades e singularidade, sem encaixe num processo histórico universal e unitário e linear na sua abordagem e importância. Mas não trata de ver o modelo sociopolítico atual como realização plena da história.
Diante ainda dos limites de Fukuyama, temos a noção de choque de civilizações de Samuel Huntington, segundo esse autor os conflitos seriam motivados não seriam motivados por ideologias, muito menos por questões econômicas, mas sim por questões culturais. Esse traçado desfavorece a teoria de Fukuyama por deixar transparecer que os problemas geopolíticos prevalecem, uma vez que as guerras do futuro serão das civilizações e os fatores identitários caracterizados como fundamentalismo, serão os seus motivadores, uma briga entre forças ostensivas, em contra partida argumentando sobre a inviabilidade da explicação de Huntington a versão é uma reciclada da tese da guerra fria, justificando a necessidade de guerra continua que alimenta ainda mais a hegemonia norte americana, e para finalizar Edward Said comenta em resposta essa tese de Huntington “Os conflitos do Mundo de hoje e de amanhã continuarão a ser em essência
ideológicos, em vez de econômicos e sociais”. Nessa luta de forças ideológicas, simbólicas e com muita força das representações religiosas, cristãos, Islâmicos, evangélicos e quem mais quiser se salvar há de no céu entrar, ainda que cheirando a fumaça.
Bibliografia: SAID, Edward, Reflexões sobre o exílio, COMPANHIA DAS LETRAS , pg.317

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